Vimos, nesses primeiros meses do ano, e, especialmente, nas ultimas semanas os ativos de risco perderem muito valor de mercado. Bolsas ao redor do mundo em forte queda, criptomoedas e ativos digitais com preços 70% distante das máximas históricas, o que de fato está acontecendo?
Para entender esse pânico mundial temos que observar o que está acontecendo no mundo e entender suas consequências, por isso hoje vou separar 3 motivos que podem ser responsáveis por tudo isso:
1º GEOPOLÍTICA MUNDIAL EM CRISE
Além da já bastante noticiada Guerra na Ucrânia, vemos outros pontos de tensão no espectro geopolítico mundial. O que hoje é um invasão Russa no país vizinho pode vir a se tornar uma Guerra Mundial caso algum limites territoriais sejam desrespeitados, isso porque muitos vizinhos próximos do conflito são aliados da OTAN e sofrem ameaças constantes da diplomacia Russa sob o pretexto de que a Rússia se sente coagida tendo inimigos com grandes arsenais posicionados nas fronteiras.
Essa situação, caso extrapolada, pode vir a se tornar uma Grande Guerra entre Oriente x Ocidente com a China mais próxima da Rússia e os EUA mais próximo da União Europeia, principalmente através da OTAN.
Outros problemas podem ser agravados com o desenrolar dessa situação: China x Taiwan, conflitos internos no Afeganistão, Venezuela, Cuba, Guerra civil na Etiópia e a questão do acordo nuclear envolvendo o Irã, além da Coréia do Norte que constantemente faz ameaças nucleares.
Portanto o mundo todo vive momentos bastante tensos.
2º INFLAÇÃO MUNDIAL
A quebra de cadeias produtivas na pandemia de 2020 aliado ao aumento das commodities com a Guerra da Ucrânia trouxe uma inflação global principalmente nos combustíveis que acaba refletindo em uma alta geral de preços. Para combater essa inflação vemos os Bancos Centrais se mobilizando para ciclos de altas de juros por todo o mundo, o Brasil foi um dos pioneiros e agora parece ver a inflação começar a recuar.
Porém essa alta dos juros machuca fortemente ativos de risco, principalmente os de caráter mais especulativo e que se sustentam em expectativas futuras de rendimento, como as empresas de tecnologia – Vemos a Nasdaq em queda de 30% no ano ? isso devido ao custo das dívidas destas empresas aumentarem junto com os juros. Investidores veem menos chance de sucesso de empresas altamente alavancadas por esse elevado custo de dívida.
3º ECONOMIAS EM DESACELERAÇÃO
Subidas de juros por todo o mundo transformaram as economias. Até a pandemia e durante ela, vimos muito incentivos à expansão e afrouxamento monetário para estimular o consumo. A realidade agora é totalmente diferente, com governos adotando posições mais duras tentando frear o consumo para controle de preços, tudo isso através de alta juros e indisponibilidade de liquidez pelos bancos centrais.
Além de tudo isso, ainda temos ameaças constantes de novas doenças com potencial pandêmico (H3N8, Varíola dos macacos, além de outras já conhecidas por nós). Podemos ver o exemplo da própria China que está saindo de um lockdown bastante amplo devido a novas ondas de Covid.
A incerteza toma conta dos mercados e uma nova recessão mundial começa a ser temida, e, rapidamente esse temor se transforma em quedas nos valores dos ativos mundiais, onde investidores abandonam posições de risco e migram para renda fixa querendo aproveitar as oportunidades que a alta dos juros trazem, aliado a uma segurança de crédito de grandes economias. E nós como podemos nos beneficiar de tudo isso? Parece difícil, mas hoje o Brasil conta com o maior juro real do mundo, e muitas oportunidades surgem em momentos de medo, conte com a equipe de assessores da Siglo para lhe auxiliar nesse momento e tomar as melhores decisões.