Sabia que existem 124 milhões de crianças e jovens com obesidade no mundo?
E que, no Brasil, uma em cada três crianças estão com excesso de peso?
No mundo, cerca de 40 milhões de crianças com menos de 5 anos e 340 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos apresentam sobrepeso ou obesidade e se as tendências atuais continuarem, haverá mais crianças e adolescentes com obesidade do que com desnutrição moderada e grave até 2022, segundo as análises publicadas na The Lancet em 2017.
No Brasil os índices de sobrepeso e obesidade refletem os padrões mundiais. A realidade do estado do Rio de Janeiro destaca-se com valores acima da média nacional em todas as faixas etárias infantojuvenis, de acordo com informações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde.
O consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas, processados e ultraprocessados, a propaganda de alimentos não saudáveis direcionadas ao público infantojuvenil e a inatividade física são alguns dos fatores que preocupam atualmente organizações nacionais e internacionais quanto ao aumento da obesidade.
Prevenir e reverter o excesso de peso em crianças e adolescentes é fundamental por vários motivos:
Ganhar excesso de peso na infância e na adolescência pode levar ao sobrepeso e à obesidade ao longo da vida;
O excesso de peso na infância e na adolescência está associado a um maior risco e início precoce de doenças crônicas, como o diabetes tipo 2;
A obesidade na infância e adolescência tem consequências psicossociais adversas e reduz o nível de escolaridade;
Crianças e adolescentes são mais suscetíveis ao marketing de alimentos do que adultos, o que torna necessária a redução da exposição das crianças a alimentos obesogênicos
O que deve ser feito para evitar a obesidade infantil?
Os hábitos alimentares das crianças são formados ainda na barriga da mãe e se estendem nos primeiros anos de vida. Para evitar que se tornem adultos com excesso de peso (obesos ou com sobrepeso), os pais devem contribuir para que seus filhos tenham uma alimentação adequada e saudável.
A gestante deve optar por alimentos saudáveis, limitar o consumo de alimentos processados e evitar alimentos ultraprocessados.
Antes dos dois anos, os pais não devem oferecer açúcar e alimentos ultraprocessados para seus filhos. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontam que 60,8% das crianças menores de 2 anos comem biscoitos ou bolachas recheadas. Também devem manter distante dos pequenos suco de frutas e comidas industrializadas e refrigerantes. A alimentação precisa ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados.
Atividade física ajuda no combate à obesidade infantil
A prática de atividades físicas é fundamental para todas as etapas do desenvolvimento infantil e auxilia no equilíbrio do balanço energético e, consequentemente, na prevenção e tratamento da obesidade e de doenças relacionadas à obesidade nesta fase da vida.