Em éteres de sutil tessitura, onde a sabedoria sussurra nos recônditos da existência, um lamento perene ecoa, ressoando a dor dos homens bons. Estes, peregrinos da moralidade, carregam o peso do altruísmo em ombros erodidos pela indiferença do mundo.
Com passos largos e olhos alçados às estrelas,
Eles trilham caminhos ladeados por espinhos de injustiça.
Oh, quantas vezes caem, sangrando em silêncio,
Para, com mãos trêmulas, erguerem os caídos,
Enquanto o coração chora em oculto desalento.
Homens bons, acólitos da verdade e da compaixão,
Que, diante da adversidade, não se dobram nem desistem.
Sua dor, uma tapeçaria de renúncias e esperanças,
Tecida com os fios dourados da eternidade,
Eles sorriem, embora dentro, o caos persista.
Mas ah! Não pensem que de suas chagas apenas brota amargura,
Pois de cada ferida, jorra também um manancial de amor.
Essa dor, alquímica, transforma-se em missão:
Educar, curar, proteger, sem nunca clamar por louvor.
No silêncio de suas almas, uma prece resplandece,
Um chamado aos céus por força e por guia,
Para que, mesmo na noite mais tenebrosa,
A luz da sabedoria jamais se extinga.
Oh, homens bons, vossas lágrimas não são em vão!
Cada gota derramada irriga o solo árido da humanidade.
Vocês, jardineiros do espírito, semeadores do bem,
Na tapeçaria do cosmos, vosso lugar é assegurado,
E o Universo, em gratidão, vos envolve em serenidade.
E na mais profunda quietude de seus seres, onde a dor se aninha e parece eterna, um vislumbre de transcendência se revela através de suas próprias lágrimas. Sim, pois é no choro, nessa expressão mais pura de sua humanidade, que eles encontram a chave para escapar das seguras da dor que dilacera. As lágrimas, embora nascidas do sofrimento, operam milagres; lavam as feridas da alma, aliviam o peso do coração e reacendem a chama da esperança. Porque, mesmo em meio ao turbilhão de dores que enfrentam, os homens bons descobrem que seu próprio choro lhes retira das seguras da dor que dilacera, guiando-os a um refúgio de paz interior e renovação espiritual.